Summit tem quase 10 mil processadores e é um milhão de vezes mais poderoso que os notebooks mais rápidos atualmente no mercado
Summit, o supercomputador mais rápido do mundo, está sendo usado para rodar simulações e encontrar medicamentos capazes de impedir que o coronavírus que causa a Covid-19 infecte células humanas.
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Inaugurado em 2018 no Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL), nos EUA, o Summit foi construído pela IBM e é composto por 9,216 processadores IBM POWER9 com 22 núcleos cada, e 27,648 GPUs Tesla V100 da Nvidia trabalhando em conjunto. Seu poder de processamento é de 200 Petaflops, 1 milhão de vezes mais poderoso que os notebooks mais rápidos atualmente no mercado.
O vírus infecta células humanas injetando uma “estaca” de material genético. O pesquisador Micholas Smith, do ORNL, construiu um modelo desta estaca com base em dados de um estudo publicado em janeiro e programou Summit para testar como os átomos e partículas virais interagem com vários medicamentos.
O supercomputador analisou mais de 8.000 interações possíveis e identificou 77 substâncias que tem o potencial para impedir a disseminação do vírus, classificadas de acordo com a probabilidade de sucesso. Agora as mesmas simulações serão executadas novamente, desta vez usando um modelo mais recente do vírus publicado neste mês.
O trabalho de Summit não é encontrar uma cura, mas sim identificar compostos promissores, que devem então ser testados em laboratório pelos cientistas. Mas ao reduzir o número de possíveis candidatos, e organizá-los por probabilidade de sucesso, ele facilita o trabalho dos cientistas e pode acelerar o desenvolvimento de um tratamento eficaz.