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Desde os meus 13 anos de idade, quando iniciei   meus  primeiros conhecimentos da língua francesa aprendi amá-la e conhecer tudo que se relacionava com a França. Foi assim, um amor à primeira vista, quando o  professor e irmão salesiano Antonino chegara a Bambuí para lecionar a língua francesa, no Colégio Antero To-res, em Bambuí.

A minha dedicação pelo conhecimento da língua  francesa, passou a ser um desafio para mim, em aprender tudo que se relacionava à França. Passava horas e horas lendo e fazendo pesquisas em livros didáticos e de literatura, que descreviam o país. Foi assim, com esta dedicação total e carinho que aprendi a conhecer a sua: geografia, locais turísticos, cidades, museus, músicas, artistas e cantores da época que faziam sucesso! Jurava a mim mesma que um dia ainda conheceria a “Cidade Luz”.

Ficava encantada quando, o professor chegava à sala cumprimentando-nos:

-Bonjours les enfants?

A minha admiração e encantamento foi ainda maior quando aprendi a cantar o hino da França - La Marse illaise. Aquele hino não saia da minha cabeça. Parecia um disco estragado! Cantava o dia inteiro aquela música, até que um dia, finalmente a crise passou!

Em 2003, concretizei o maior sonho de minha vida: Conheci a França!

Foi com muita admiração e espanto ao pedir o taxista, que nos levava em direção ao Hotel, para uma estadia de quatro dias, que cantasse para mim o hino La Marseillaise.

-Desculpe-me madame, sinceramente não sei cantar o hino de meu pais!

-Então, com muito orgulho, eu cantarei.

O taxista ficou admirado por uma turista brasileira cantar o hino da França tão bem.

Foi neste espiríto de alegria e encantamento que  pisei no solo francês!

No primeiro dia de nossa estadia, após um tour pela cidade, na parte da manhã, disse a minha filha, Kelley que me acompanhava na viagem:

-Antes de qualquer passeio por Paris, iremos  visitar a Catedral Notre Dame.

Subimos  o Rio Sena de barco. Indescritível  foi  a beleza do trajeto até a catedral. Prédios antiguissímos e maravilhosos, assim como Notre Dame se erguiam, altiva, rodeados pelas águas do Rio Sena. Descemos do barco, chegando pelo lado sul. Atravessamos o imenso jardim até a  sua entrada principal.

Na praça Parvis, onde fica a entrada principal da catedral, encontra-se no pavimento uma placa de bronze que representa o marco zero, a partir do qual todas as distâncias das estradas nacionais francesas são calculadas. Diz uma lenda que temos que pisar lá para voltar outras vezes.

Pisei! Oxalá, algum dia,  um verdadeiro milagre me leve pela segunda vez à Catedral Notre- Dame!

O interior da catedral de Notre Dame é de extrema beleza! Sua nave imensa é iluminada por mais de 200 vitrais. Eles representam a expansão e consolidação definitiva da arte gótica em toda a Europa. Naquela época  os vitrais estavam no auge da expressão artística, eram uma espécie de ‘pintura’ monumental, ao contrário dos vitrais românicos que tinham de se adaptar às estreitas frestas e janelas impostas pela arquitetura. Os vitrais além de belos, são funcionais, pois através deles entram as  luzes.             

Os arcos internos, formando ogivas, dando a ilusão de maior altura da nave, que parece dirigir-se ao céu. É inevitável olhar para o alto! Fiquei ali boquiaberta, parada, querendo reter na memória aqueles momentos mágicos, sublimes de extrema beleza! Queria reter  na memória cada detalhe, cada relevo gótico por onde meus olhos alcançavam.

Lembranças me vieram a mente quando, Quasímodo ficara fascinado pelo  som maravilhoso de um dos famosos  sinos da catedral: Quasímodo é o personagem do filme, baseado no romance: ‘O Corcunda de Notre Dame´ do escritor francês, Victor Hugo.

A história conta que  o maior sino, um dos três que existem  em uma das torres: o Emmanuel foi instalado na torre sul , desde  1685. Suas badaladas marcam a passagem das horas durante o dia. Emmanuel também badalou para marcar a liberação de Paris do controle alemão, em 1944.

Testemunha dos mais importantes eventos na história da França, desde sua fundação, a catedral testemunhou o nascimento de 80 reis, dois imperadores e cinco repúblicas. Ela também assistiu, impassível, à participação da França em duas guerras mundiais.

Suas famosas gárgulas, que a protegem contra espíritos malévolos, viveram glórias e tragédias ao longo dos séculos: Notre- Dame foi saqueada e quase demolida durante a Revolução Francesa.

Notre Dame, dedicada a Maria, mãe de Jesus, um dos símbolos máximos da arquitetura gótica em toda a Europa começou a ser construída em 1163 e só foi concluída 180 anos depois. Em 1431, com as obras já concluídas, foi entre suas paredes que um menino de dez anos, de saúde delicada - Henrique Vl, da Inglaterra, foi coroado rei da França.

Em 1804, ao som dos tubos do grande órgão da catedral, Napoleão foi coroado imperador.

Em 1163, quando começaram a construir a catedral, Paris tornou-se um centro de grande desenvolvimento intelectual, espiritual e musical.

A escola musical (parisiense) foi muito influente. A partir dos manuscritos  encontrados, ela influenciou a música (que se fazia) em toda a Europa - na Espanha, Itália, Alemanha e Inglaterra.

Neste ano, os sinos menores, da torre norte - que não são originais, serão substituídos. Os originais foram derretidos durante a Revolução Francesa para a fabricação de bolas de canhão. Os substitutos, fabricados no século 19, eram desafinados.

Ao  terminar a visita, lágrimas de tristezas  e  alegrias   rolaram pelas minhas  faces  em agradecimento a Maria, Mãe de Jesus, por ter me dado a graça de conhecer Notre Dame. Sou uma pessoa abençoada, por reter em minha memória  imagens lindas, da mais famosa catedral do mundo: Notre Dame de Paris.
 
Autor: Nancy Gonçalves Dias, Jornal da Canastra

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